Desde o dia 20 de Abril de 2010 está vazando petróleo no fundo do mar no golfo do México, devido a uma explosão numa plataforma norte americana operada pela empresa inglesa British Petroleum (BP), que resultou na morte de 11 trabalhadores e de milhares de espécies marinhas. Até hoje (30/05/2010) as autoridades responsáveis não conseguiram deter o vazamento. Tentaram tapar com lama, bolas de golfe, pneus, e até agora o petróleo e o gás natural continuam escapando e contaminando o mar.
Para os políticos de Washigton, este é o maior desastre ambiental de toda a sua história, mas considerando que moramos em um planeta onde todos os ecossistemas são interligados, ouso dizer que este é o maior desastre ambiental que nós neste planeta chamado de Terra temos notícias.
Os políticos dos Estados Unidos da América estão culpando a BP, que era a responsável pela perfuração do poço, pelo desastre, mas a culpa desta tragédia vai muito além de uma empresa, e nos leva a refletir sobre a fragilidade da economia voltada e dependente do petróleo. Se apenas uma falha em um único poço foi capaz de tamanha devastação, quais são as garantias de que os demais poços permanecerão seguros para a humanidade e para a manutenção da vida na Terra?
Atualmente as empresas petrolíferas detêm a tecnologia de abrir um buraco nas camadas da Terra para extrair o petróleo e o gás natural, mas não tem a conhecimento para sanar as falhas e defeitos que este modelo de extração apresenta. Basicamente as empresas se preocupam apenas em ganhar dinheiro, e abrem novos poços no planeta sem medidas de segurança para casos de emergências.
Em muitas praias pelo mundo, são encontradas centenas e milhares de lixos provenientes de outros países, que viajaram pelas correntes marítimas atravessando mares e continentes. O mesmo acontece com o petróleo que está contaminando o mar. O desastre vai muito além da área em que ele se encontra, pois todo o ciclo da água e da vida estão afetados por este acidente. Toda a cadeia alimentar marinha vai sendo prejudicada, pois para os peixes e seres aquáticos não há fronteiras a serem respeitadas, eles trafegam livremente pelas correntes marinhas, indo de um lado a outro do planeta.
Não será de estranhar se de repente pescadores do Brasil e dos demais países perceberem que muitos peixes desapareceram, ou que outras espécies estão se extinguindo, pois o ciclo natural planetário está fortemente abalado com esta imensa contaminação das águas marítimas, e que até o momento (30/05/2010) parece ainda longe de uma solução para conter o vazamento. E mesmo que consigam fechar este poço por estes dias, a imensa quantidade de petróleo que está nas águas é suficiente para continuar contaminando o meio ambiente por anos, e até décadas.
Uma vez os peixes desaparecendo e as águas contaminadas, muitos pássaros que se alimentam com peixes também serão prejudicados, e uma vez que eles mergulham em busca do alimento, suas penas podem ficar pesadas com o petróleo, e eles não conseguirem mais voar, morrendo afogados. O animal que se alimentava na terra destes pássaros também não mais o terão como alimento, desequilibrando todo um complexo sistema da cadeia alimentar.
Até mesmo os rios, as nascentes e os lençóis freáticos estão sujeitos à contaminação por infiltração subterrânea.
O mais estranho de tudo isso, é que desde o mês de Abril o Irã se ofereceu para fechar o poço, e até o momento os Estados Unidos não autorizou e não aceitou a ajuda, afinal, é o mesmo Irã que já sofreu três sanções internacionais apoiadas pelos EUA, e que o atual governo dos EUA já preparou uma quarta rodada das sanções contra ele. Aceitar que o Irã concerte um problema ambiental mundial causado por uma empresa Inglesa sob supervisão dos EUA é demais para o orgulho dos EUA, e enquanto isso quem sofre é a população mundial e a vida no planeta Terra, cada dia mais ameaçada de extinção.
A questão com o Irã é bastante delicada, e agora até o Brasil está envolvido numa grande divergência internacional. O Presidente brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva, e o Presidente da Turquia, a convite do Presidente estadunidense, Barack Hussein Obama, foram tentar negociar diplomaticamente um acordo com o Irã para troca de combustível nuclear iraniano em território turco no último dia 17 de Maio. Apesar dos dois Presidentes estarem indo em uma missão a serviço dos EUA e da paz mundial, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, já estava duvidando da possibilidade de Lula conseguir mediar um acordo positivo com o Irã. Para surpresa mundial, os Presidentes do Brasil e da Turquia conseguiram firmar o acordo parágrafo por parágrafo. Porém, ao contrário do que se esperava, esta vitória da diplomacia e do diálogo enfureceu diversos segmentos da política norte americana, a ponto da secretária Hillary declarar que o acordo nuclear assinado entre o Brasil, a Turquia e o Irã "deixou o mundo mais perigoso, não menos".
Bastante contraditório e infantil este novo posicionamento das autoridades estadunidenses, ficar com ressalvas em relação ao Brasil apenas por ter conseguido cumprir com sucesso uma missão diplomática sugerida pelo próprio Presidente dos EUA.
Enquanto a alta cúpula do governo dos Estados Unidos busca motivos para terem raiva de outros países, o pior vazamento da história mundial continua sem previsão para seu fechamento, e sem aceitar a ajuda do Irã, que afirma ter conhecimento e condições de fechar o duto que está vazando.
Deixo esta pergunta para todos os seres humanos que habitam no planeta Terra: Até quando o orgulho estadunidense permitirá a morte planetária???
Marcos Élder Vieira de Carvalho
Jornalista
“O segundo anjo tocou a trombeta, e foi lançado no mar como que um grande monte ardendo em fogo, e tornou-se em sangue a terça parte do mar. E morreu a terça parte das criaturas viventes que havia no mar, e foi destruída a terça parte dos navios.”
Apocalipse 8:8-9 (Bíblia Sagrada)
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